quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Surto de esporotricose: o que é e como prevenir a doença transmitida por gatos

 Esporotricose: Os gatos carregam o fungo nas garras, na saliva e no sangue.

A esporotricose, doença causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, avança em alguns estados do Brasil. Ela é uma micose que provoca lesões na pele e está descontrolada no País. O alerta é do infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em entrevista à Folha de S. Paulo.

Especialistas alertam que animais com suspeita da doença não devem ser abandonados.

Segundo ele, além do Brasil, países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile já registraram casos da doença. Em 90% dos casos, a transmissão ocorre por gatos contaminados. Humanos e cachorros não podem transmitir a esporotricose.

Em 2023, na cidade de São Paulo houve um aumento de 40% no total de casos registrados, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

No Paraná, também houve um significativo aumento de casos: de 1.242 no ano passado para 2.887 em 2023. O estado é um dos poucos que fornece medicação para cães, gatos e seres humanos.

O que é esporotricose?

A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix. Ele entra em contato com o organismo por meio de uma ferida na pele e pode afetar tanto humanos quanto animais.

Conforme o Ministério da Saúde, a doença pode caracterizar-se por lesões na pele, pequenos nódulos na camada de pele mais profunda ou nos casos mais graves, pode afetar órgãos ou sistemas como pulmão, ossos e fígado.

Esporotricose: como a doença passa de gatos para humanos?

A transmissão da esporotricose ocorre entre gatos e deles para cachorros e seres humanos, por mordidas, arranhões e contato com as lesões dos infectados. Os gatos carregam o fungo nas garras, na saliva e no sangue.

Sintomas da esporotricose nos animais

A esporotricose é uma doença que pode se desenvolver em diversas espécies, como bovinos, cães, felinos e, inclusive, em humanos.


Muitas vezes, os sintomas da doença surgem nos animais de forma semelhante a uma picada de inseto. Essa lesão pode provocar certa sensibilidade, podendo coçar. Se não tratada, a tendência é que a lesão progrida e aumente de tamanho. Essa ferida formada então não se cura sozinha.

É formada uma ferida, que pode conter pus por existirem contaminações secundárias de bactérias. Pode formar nodulações, que podem, inclusive, se confundir com tumores. 

Muitas vezes, o animal passa por tratamentos diversos e essa ferida não cura. Isso faz com que a suspeita de esporotricose apareça.



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