Embora possam coexistir em algumas pessoas, o TDAH, o TDA e a dislexia têm características distintas e impactos específicos no funcionamento cognitivo e no aprendizado dos pacientes. Além disso, as sobreposições de sintomas e a complexidade das condições podem levar a equívocos e à dificuldade em distingui-las. Por isso, a seguir, confira as principais diferenças!
TDAH
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um distúrbio neurobiológico que engloba dificuldades de atenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade. “O TDAH apresenta algumas doenças associadas, que podem aparecer ou não, como depressão, transtorno de ansiedade, tabagismo, distúrbio alimentar e transtorno do sono”, explica a psicóloga Carine Eleutério.
Pessoas com essa condição podem ter dificuldade em focar em uma tarefa por um período prolongado, são facilmente distraídas, têm problemas para organizar suas atividades e frequentemente agem sem pensar nas consequências. Em crianças, a hiperatividade pode ser evidente, enquanto em adultos, predominam mais os sintomas de desatenção.
“Para definir as causas do TDAH, é preciso fazer uma investigação completa, de forma individualizada. Cada caso é um caso. No entanto, as causas mais comuns estão relacionadas a algumas pequenas alterações na região frontal do cérebro, que controla ou inibe os comportamentos inadequados e amplifica nossa capacidade de prestar atenção, memorizar, ter autocontrole, ser organizado e planejar”, explica a Dra. Andréa Ladislau, psicanalista e pós-graduada em Neuropsicologia.
TDA
O TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) é uma versão mais antiga do conceito de TDAH, caracterizado principalmente pela desatenção, sem a presença de hiperatividade ou impulsividade significativas. Embora a terminologia e classificação tenham sido atualizadas para TDAH, ainda há referências a esse termo mais antigo, especialmente em casos em que a hiperatividade não é proeminente.
Dislexia
A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta a habilidade de ler, escrever e soletrar. Indivíduos com essa condição têm dificuldades na identificação e associação de sons com letras, o que pode impactar sua oralidade, escrita e leitura.
Além disso, a dislexia não está relacionada à falta de inteligência. “É importante observar que a dislexia não é apenas uma questão de dificuldade temporária na aprendizagem da oralidade, leitura e escrita. É uma condição persistente que afeta a maneira como o cérebro processa informações linguísticas”, complementa Ana Cristina Oliveira, psicóloga, educadora e psicopedagoga da Faculdade de Educação Paulistana (FAEP).
Fonte: Estadão Conteúdo / Cidade Verde
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